Como
não poderia deixar esta data passar em branco, vamos a alguns fatos, digamos,
pitorescos desta que é a terceira maior emissora do mundo (Grande coisa!)
1984: Carnaval do Rio de Janeiro.
Não
sou lá muito fã da folia, uma vez que sou protestante (não gosto da palavra
evangélico, muito estigmatizada), mas vale um registro. O governador era o
saudoso Engenheiro Leonel Brizola, do PDT. Seu vice, o Professor Darcy Ribeiro
(preparem o lenço). A emissora do Jardim Botânico que, graças ao famoso caso
PORCOnsult (Proconsult, mas eu resolvi fazer este trocadilho), passou a ser
alvo do caudilho de Carazinho. Para a Plim-Plim, quem deveria ter ganho era o
“Gato Angorá”, Wellington Moreira Franco, então no PDS (ex-Arena) da nada
saudosa ditadura (ou “Revolução” para a direita). Hoje, o “Angorá” é
correligionário de Eduardo Cunha (o quarto filho do “Doutor” Roberto) no PMDB
local.
Mas
o que me chama a atenção é que o Engenheiro Leonel fora ridicularizado pelo
pasquim do “Dr.” Roberto Marinho: O GLOBO, sendo comparado ao prefeito Odorico
Paraguassú, “O Bem Amado”, que nunca inaugurara o Cemitério de Sucupira. O
Sambódromo, que já abrigou um CIEP (escola de tempo integral, idealização do
Prof. Darcy) era o “elefante branco” do caudilho, para o jornalão carioca.
O
Engenheiro e o Professor inauguram o Sambódromo, com protestos e lamúrias da
emissora do “Doutor” Roberto Marinho.
Nada adiantou, o “elefante branco” do Odorico saiu do papel. E, preparem
o lenço de novo, quem transmitiu os desfiles era uma outra emissora carioca,
também da Zona Sul, cujos estúdios foram projetados por Oscar Niemeyer (lenço
na mão), o arquiteto de Brasília, do Sambódromo, do Memorial da América Latina
(SP), etc. Era a Rede Manchete, que entrou no ar em junho de 1983, canal 6 do RJ.
“Mas
chegou o carnaval...”, como se ouve na música Retalhos de Cetim, de Benito di
Paula. E a Rede Manchete ganhou a exclusividade do desfile, em represália ao
canal 4 (Globo). A emissora dos Marinho ficou enfurecida. Mas, decisão feita,
sigamos em frente. A Manchete derrotou a Globo na audiência. E um grito ecoou
na avenida: O POVO NÃO É BOBO, ABAIXO A REDE GLOBO. E o Engenheiro deu o troco
no “Doutor”.
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