Fico aqui vendo as lambanças acontecendo, desmandos, pessoas e suas famílias sendo achincalhadas indiscriminadamente.
Me pergunto: será que algo pode ser feito?
Bem, sou especialista em educação.
Não entendo nada de ciência jurídica .
Então, fui xeretar em alguns sites definições e o conceito de "Delação Premiada".
Também não é nenhuma literatura erudita, mas já é melhor do que meu raso conhecimento específico sobre o assunto.
Há uma gama gigantesca de interpretações.
Cada autor entende o que lhe convém, de acordo com suas crenças e seus objetivos.
Enfim, o resultado dessa breve incursão pelos textos jurídicos propriamente ditos e pelas suas várias interpretações não foi muito esclarecedor.
De forma geral, só corroborou minha indignação inicial.
A delação de alguém que já não é confiável uma vez que para ser "delator" o sujeito tem necessariamente que estar metido na história, pode ser tomada como parâmetro para tirar sumariamente a liberdade do acusado?
"Péraí"! Mas se o dedo duro tá metido na confusão, qual a isenção da informação que ele está fornecendo? Ah, não precisa de isenção...
Como diria Sócrates, o macaco: "Não precisa explicar, eu só queria entender".
Engraçado é que no final de um dos textos há um link para que o leitor continue pesquisando o assunto. Sabe para onde ele remete??? A um outro texto explicando o que é um X9.
Sugestivo, não é? (clique pra ver)
Vamos prendendo todo mundo para quem um Zé Mané qualquer apontar o dedo podre? E a "delação seletiva", como fica?
"Para os amigos tudo, para os inimigos a lei".
Fiquei confusa... Direito e Justiça não são "irmãozinhos"?
E que se dane a pessoa que está sendo acusada, que se dane se for mentira, se a acusação for injusta. Não é contigo ...
Há a possibilidade de eu não ter entendido nada sem dúvida, mas uma coisa eu sei:
Bom senso não ocupa espaço.
Penso que se perdermos de uma vez a empatia, nossa capacidade de indignação, e mais, de reação frente às injustiças, as coisas só tendem a piorar.
Aí lembrei de um poema que reflete bem essa minha angústia.
Na verdade é a adaptação feita por Celso Antunes de um poema de Eduardo Alves da Costa: No caminho com Maiakóvski
Estou deixando aqui como elemento para reflexão.
É coisa pra tirar o sono...
Alice Gerolamo
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